quinta-feira, 14 de abril de 2011

Cadê a minha vida?

Sabe no que estive pensando? Que se me fizessem aquela pergunta "se você morrer amanhã, você aproveitou o hoje?" A minha resposta seria não, sabe por que? Porque passei 10 horas do meu dia dentro de uma sala de aula, e as outras horas que sobraram, passei em casa brigando com a minha família. Depois de várias pessoas me perguntarem o que eu fiz hoje e eu responder "a mesma coisa de sempre" à todas elas, percebi que eu estou cansada disso, de fazer a mesma coisa de sempre. Sabe, chega uma hora em que você cansa de levantar na mesma hora todos os dias, vestir a mesma roupa todos os dias, pegar o mesmo onibus, passar pelos mesmos caminhos, ir para o mesmo lugar e ficar la durante horas fazendo algo que não te satisfaz. Depois, voltar pra casa e ouvir as mesmas idiotices, suportar as mesmas brigas, e assim vai indo... E pensar que não posso fazer nada pra mudar isso, porque as malditas regras não permitem. Por exemplo, se eu decidir acordar uma hora diferente um dia desses, eu perco o onibus, chego atrasada na escola, e aí fode. Tem vezes, que eu decido me desestressar, e aí vem alguém e me faz perder o controle, perder a calma. Nesses momentos de raiva, a minha maior vontade é fugir. Largar tudo. Desaparecer. Ficar sozinha e chorar. E então, quando fico sozinha, minhas paranóias voltam a minha cabeça, e eu refletindo, tiro conclusões de quase tudo, penso nos problemas, no futuro, e nessas merdas todas, que sempre me afligem. Vem tudo meio aleatório na minha cabeça, e eu começo a ficar psicótica, e parece que tenho a necessidade de escrever sobre tudo isso. Tem uma frase que diz uma coisa que me define, ou pelo menos me definia: "eu não trabalho sob pressão". Bom, é aí que está o problema. A vida é uma pressão, e tudo o que você faz nela é sob pressão. Você faz coisas que lhe são obrigatórias , e que no fundo você não quer fazer. O que eu acho mesmo, sinceramente, é que nós não vivemos a cada dia que passa. Nós morremos. É, isso mesmo, nós morremos mais um pouco a cada dia, e mesmo assim, deixamos a vida passar por nós, sem fazermos nada. Eu realmenteja cansei de filosofar sobre isso, porque eu simplesmente não entendo o porque das pessoas fazerem coisas que odeiam a vida inteira, buscando por um "ser feliz" inalcançável . Pra falar bem a verdade, eu nunca tive tamanha vontade de ter 18 anos quanto eu tive hoje. Afinal, 18 anos = liberdade... Mas não é bem assim! Você faz os tão esperados 18 anos, e as malditas responsabilidades aumentam . É trabalho, é faculdade, é o diabo a quatro. Então na verdade a real equação é: 18 anos = faculdade x trabalho -liberdade. Por que essa merda de liberdade parece tão longe de mim, tão impossível e inalcançável? Eu sei, que ainda sou menor de idade, e segundo meus pais, tudo tem seu tempo. Mas então, quando vai ser o tempo de viver? Depois de muitos anos de estudo e trabalho, quando eu estiver velha? Ah, estou muito melancólica atualmente e, nos últimos dias, têm acontecido coisas que fazem com que, mais do que nunca, eu me sinta insatisfeita comigo mesma. Me sinta chata, não goste de mim. Sou muito inútil, e não consigo nem satisfazer à mim mesma, com nada que eu faça. E isso não está certo. E pensar que pessoas se afastam de mim por eu ser estúpida demais, chata demais, e não conseguir manter nenhuma amizade ou relação co ninguém, porque eu sou toda errada... ah, isso me deixa muito triste. Uma vez eu não era assim, e na verdade, eu não sou assim. Alguém pode me explicar, onde que eu fui parar? Não estou sendo eu mesma, parece que tá faltando algo na minha vida, uma motivação. Se alguém me encontrar, por favor, me devolva à mim. Essas tristezas repentinas, que me abalam demais.. Me fazem querer um abraço, mais do que qualquer coisa.

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