Eu te encontrei, num lugar vazio e escuro. Você estava longe, mas é claro que te reconheci... Não sei por que, mas eu estava chorando, e quando te avistei, caminhando meio sem rumo, eu simplesmente comecei a correr em sua direção. Um estalo na minha cabeça, repentinamente, me fez derramar mais lagrimas ainda e ir até você como se fosse a decisão mais certa da minha vida, como se fosse a coisa mais crucial do mundo pra mim.
Atravessei aquele gramado, naquela noite chuvosa e escura, e finalmente cheguei até você. Eu te abracei, apertado, e você se assustou, mas logo viu que era eu. Me segurou pelos braços, perguntou o que estava acontecendo, e a única coisa que eu conseguia era repetir que eu te amava, que queria você de volta na minha vida. Você sorriu, enquanto uma lagrima rolava pelo seu rosto, ao mesmo tempo em que dizia “eu também” e me abraçava. Ficamos girando na grama, até tudo isso se transformar em uma escuridão total, e enfim, claridade. Apareceu um guarda-roupa marfim na minha frente, mas um marfim tão marfim que meus olhos arderam. Observo ao redor, e vejo meu quarto. Sim, era tudo um sonho.
E o pior: martelou na minha cabeça, o dia inteiro. Mas o que eu me pergunto é, por que ainda sonho com você? Por que ainda penso e você? Por que é tão difícil de esquecer? Por que? Eu sei a resposta, mas não quero admitir. Tá bom assim. Deixa pra lá.
Nenhum comentário:
Postar um comentário